Frank Bretschneider pode ser descrito como um músico para o século XXI. As suas bases estão assentes na educação visual, no estudo das belas artes e no cruzamento entre as várias estéticas criativas. Em 1996 fundou com Carsten Nicolai e Olaf Bender uma das mais sólidas editoras a explorar a música como se de uma ciência se tratasse: a Raster-Noton. Com os dois companheiros partilha também o projecto sonoro Signal. O seu último disco Rhythm, editado durante o ano passado pela Raster-Noton, comprova que este trabalho de laboratório apenas atinge a sua perfeição quando apresentado ao vivo num concerto complementado com os mais detalhados elementos gráficos em movimento. À primeira escuta nota-se uma soberba reflexão amadurecida acerca do ritmo e de como este pode ser fruto dos mais improváveis sons. Mais do que um músico, Bretschneider é um ourives sonoro capaz de transformar o mais barulhento resíduo numa completa e delicada experiência sensorial.
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